Em que consiste a Esclerose Múltipla?
A esclerose múltipla é uma doença neurológica, cronica e autoimune, isto significa que esta doença tenha uma reação imunitária anormal em que as células de defesa do organismo tacam o próprio sistema nervoso que causa o aparecimento de áreas localizadas de desmielinização.
A destruição da oligodendróglia, as alterações químicas nos constituintes lípidos e proteicos da mielina (material isolado que reveste os nervos) afeta a transmissão dos impulsos elétricos provocando falha ou bloqueio.
Quais são os sintomas?
1. Fadiga;
2. Alterações Fonoaudiológicas;
3. Transtornos Visuais;
4. Problemas de Equilíbrio e Coordenação;
5. Espasticidade;
6. Transtornos Cognitivos;
7. Transtornos Emocionais;
8. Controlo de Bexiga e Intestino.
Tem cura? Existe tratamento?
Esta doença não tem cura, apenas é possível retardar a sua evolução, no entanto existe tratamento que consiste na manutenção da capacidade do paciente se mover.
O tratamento é feito á base de corticoides e exercício físico. A força influencia diretamente o estado de saúde e a capacidade física das pessoas e esta capacidade poderá ser desenvolvida por um treino contra resistência ou treino de força, onde assim desafiam os músculos em oposição a uma resistência externa.
Os benefícios do treino de força são inúmeros, como por exemplo:
§ Aumento da capacidade de produzir força; adaptações estruturais e neurais
§ Diminuição da concentração sistémica de insulina
§ Otimização metabólica
O nosso cérebro trabalha para economizar energia, no entanto se não dermos uso á massa muscular, se não nos exercitarmos iremos sofre as consequências, como perder a capacidade de produzir força, diminuição da nossa mobilidade, equilíbrio e coordenação, quando estas capacidades são perdidas o risco de lesão aumenta, a qualidade de vida diminui, tal como o risco de morte aumenta.
Exercício físico e Esclerose Múltipla
Deve ser utilizado métodos e protocolos padronizados, deve também ter uma frequência de 2 a 3 dias de semana com duração de 20/30 min por aula. A atividade deve ser feita com um treino de força, exercícios aeróbicos e de flexibilidade. Em especial atenção deve ser ao aumento de temperatura central.
É preciso modificar alguns hábitos inadequados de atividade física e alimentar. O exercício físico está relacionado com a redução da semiologia e de cuidado suporte. Existem algumas estratégias para o controlo da temperatura como:
§ Treinar em períodos da manhã ou final da tarde;
§ Manter-se sempre hidratado;
§ Quando necessário aplicar um pano húmido no pescoço ou nos punhos.
Durante as alterações na força muscular existe uma falha na condução de impulsos nervosos leva a uma diminuição da taxa de ativação das unidades motoras. Um dos principais impactos da diminuição de força muscular na EM é a nível dos membros inferiores que estão relacionados com a locomoção e na realização de atividades diárias.
Na fadiga entre 50 a 60% dos pacientes a fadiga considera-se o sintoma mais importante. Vários estudos indicam que a força e o condicionamento aeróbico têm uma melhoria na fadiga.
Na EM a espasticidade tem a tendência a aumentar com a duração da doença e com o aumento da incapacidade que ela causa. As pessoas com espasticidades têm rotinas de exercício físico e de relaxamento para a manutenção de amplitude do movimento.
Geralmente os grupos musculares espáticos tem uma capacidade de produção de força reduzida, tornando-se mais importante o seu fortalecimento. Por esse mesmo motivo propõem-se trabalhar o controlo de movimento. No entanto se houver controlo dos movimentos os exercícios de resistência são os mais indicados com a interrupção de qualquer sinal de prejuízo na função motora.